17 de dezembro de 2019

Cantinho da Filarmónica Dezembro 2019


Estamos a chegar ao fim de mais um ano e também ao fim do mandato da Direção da SFUM e restantes corpos sociais. A SFUM cresceu e assumiu novas responsabilidades em dois anos de muito trabalho e dedicação de várias pessoas.

Concretizaram-se uma série de alterações estruturais fulcrais para o futuro da SFUM, sendo a mais relevante a restruturação da Escola de Música, com uma forte componente de gestão autónoma, o que é fundamental para se assegurar o futuro da nossa Filarmónica.

Foram também criadas novas secções (como a Funfarra e o Grupo Coral) e foi dado um novo dinamismo na vida da Associação de modo a cativar mais alunos e mais músicos.

Continuam a existir os nossos já eternos problemas: os músicos demoram a formar e sofremos do problema da interioridade, pelo que vemos todos os anos partir vários músicos para longe do concelho de Mação. A solução é uma enorme dose de dedicação e uma ainda maior de resiliência, sabendo sempre que a resposta à maioria dos nossos problemas está na aposta na formação/na nossa escola de música.

Na última Assembleia Geral Eleitoral não se apresentaram listas aos corpos sociais, pelo que foi marcada uma nova AG para 11 de janeiro pelas 17 horas. O trabalho de dirigente associativo de uma Filarmónica é especialmente cansativo e exige tempo, pelo que é importante a ajuda e participação de todos. Apesar da falta de tempo e cansaço, os dirigentes do mandato anterior (dado não surgirem novos candidatos) estão a procurar reunir pessoas para uma nova lista. Lança-se assim um apelo aos associados para que se disponibilizem a ajudar ativamente a SFUM, voluntariando-se para integrar a nossa lista e /ou que possam assumir alguns cargos e responsabilidades. Tendo ideias para a SFUM substancialmente diferentes existe a possibilidade de apresentarem uma lista própria e/ou ideias/projetos/grupos de trabalho, sendo a próxima discussão do plano de atividades e orçamento previsional o momento adequado para a apresentação de propostas.

Desejamos a todos um melodioso Feliz Natal e um Ano Novo em perfeita harmonia.

Saudações Filarmónicas!!

25 de novembro de 2019

Primeira Participação do Grupo Coral da SFUM num Encontro de Grupos Corais

Actuação na Igreja de Pedreira (Tomar) em encontro de Grupos corais Organizado pela Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira.

Grupos Corais participantes: Grupo Coral da Frazoeira da Associação Recreativa Filarmónica Frazoeirense; Grupo Coral da Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira e o nosso Grupo Coral da Sociedade Filarmónica de Mação.





Cantinho da Filarmónica Novembro 2019


Estimados Leitores,

Este mês compete-me a responsabilidade de vos dirigir uma resenha lato sensu que se traduz na batuta que ritma a minha vida.
sobre a minha ligação à SFUM – Sociedade Filarmónica União Maçaense, e, à paixão musical e artística

Olá! Sou a Sandra Cristina Uva T. R. Alexandre, uma maçanica nascida em Lisboa há 33 anos que a feliz resiliência profissional fez rumar à terra que considero minha e que o foi de uma significativa parte dos meus antepassados. O meu instrumento é a voz e o Grupo Coral da SFUM é a minha casa e família musical no seio da nossa Filarmónica.

A música sempre fez parte do meu quotidiano. Aprendi piano quando frequentava o primeiro ciclo escolar, hoje, sem a agilidade necessária a essas cordas, aventuro-me no cavaquinho, enquanto testo eventual habilidade em instrumentos de sopro.

No que concerne às aptidões vocais, o legado familiar é-me pesado tanto quanto estimulante. A cristalina e harmónica voz de soprano da minha mãe, contrastante com a voz de baixo dramático do meu tio e o impressionante e melodioso assobio do meu pai, são referências que moldaram a minha perceção musical e a clarividência do holístico que a arte e o património cultural são para uma visão mais abrangente do nosso mundo.

Quando confrontada com o convite de pertencer ao Grupo Coral da SFUM por meio da nossa inexcedível maestrina, temi. Temi não ter a disponibilidade necessária; temi não conseguir responder ao legado que conhecia; temi não corresponder às expectativas; temi tanto e tanta coisa que resolvi à mesa de um café… aceitar!

Hoje pertenço ao naipe de sopranos do nosso Grupo Coral e sinto que posso contribuir, a par dos meus colegas e amigos, para a valorização da SFUM tal como tantos outros incontornáveis antes de nós e outros ora nossos contemporâneos divididos pelos diferentes ramos de atividade da Filarmónica.

A maior riqueza do concelho de Mação são as suas gentes. É cada um de vós que dedica minutos do seu tempo a ler e apreciar estas linhas que, tal como as pautas que aprendemos a ler e sentir a cada partitura que nos é entregue, está motivado a fazer a diferença pelo seu acreditar e labor.

Todos fazemos falta e nunca somos nem de mais nem de menos, somos únicos e devemos trabalhar no coletivo. O nosso Grupo Coral, ainda que com meros meses de existência, tornou-se uma família que tantas vezes apelido de improvável, mas cuja essência é inegável.

Trabalhamos metódica e semanalmente para evoluir e levar o nome de Mação na nossa bandeira. A título pessoal quero agradecer a oportunidade de fazer parte desta sociedade centenária; o convite para redigir estas linhas, memórias e sentimentos; a todos os membros do Grupo Coral da SFUM por me fazerem sentir feliz por estar onde estou e, muito em especial, à nossa Maestrina Ana Pires: foi o teu acreditar e as tuas palavras que me fizeram arriscar e participar neste projeto!

Faço votos que mais de vós, estimados Leitores, se permitam arriscar a superar o temor de “não saber cantar”, todos sabemos e entre nós a divisa de ordem é: tentar e não desistir.

A todos vós, cordiais Saudações Musicais.

13 de outubro de 2019

Cantinho da Filarmónica Outubro 2019

Eu sou a Beatriz Matos, tenho 15 anos e sou de Mouriscas e o instrumento musical que toco é a Flauta Transversal.

Comecei na Música com 7 anos, primeiro no Violino e depois na Guitarra, na classe infantil do Conservatório de Mação, mais tarde, em 2014, comecei a tocar Flauta Transversal.

Em 2015 entrei na Banda Filarmónica Mourisquense onde toquei até 2018, ano em que mudei para a Sociedade Filarmónica União Maçaense (SFUM).

Desde os 7 anos que estou na Música, primeiro no Conservatório em Mação, o qual frequentei até ao 9º ano, onde fiz o 5º Grau. Agora, estou no 10º ano e frequento o Curso Profissional de Instrumentista de Sopros e Precursão, em Tomar, na Canto Firme/Escola Secundária Jácome Ratton.

No futuro, o meu objetivo é continuar na Música até ao 12º ano e depois fazer o Ensino Superior de Música em Lisboa.

Saudações musicais!

Notas da Direção:

No dia 1/11/2019 na sede da SFUM a partir das 19 horas iremos organizar um jantar filarmónico, o qual constituirá um momento de convívio para actuais e antigos músicos e dirigentes, maestros, alunos da escola de música, familiares, coralistas, associados e amigos da SFUM. Teremos boa comida e animação musical “Self Service”.

Inscrições abertas: Diamantino Veríssimo: 962496292 / Paula Aparício: 966740132 / Aurelinda Serras: 962630545.

Convidam-se os associados a participarem na próxima Assembleia Geral a realizar dia 09/11/2019.


29 de setembro de 2019

1 Novembro - Jantar Filarmónico


 Jantar filarmónico no dia 1/11/2019 na sede da SFUM.

Destinatários: actuais e antigos músicos e dirigentes, associados e amigos da SFUM.

Karaoke e palco com instrumentos musicais disponíveis para quem quiser tocar e/ou cantar:
  • Piano / Teclados;
  • Percussão;
  • Instrumentos de sopro (trompete, trombone, flauta, clarinete, ...);
  • Guitarra;
  • Viola baixo;
  • Etc...

EM BREVE MAIS INFORMAÇÕES








13 de setembro de 2019

Cantinho da Filarmónica Setembro 2019

XIX Encontro de Bandas Filarmónicas e o aproximar do final de mais um Verão de animação filarmónica

Mais um ano em que a nossa Filarmónica se tem reinventado em várias atividades e atuações.
Este ano chegámos ao XIX Encontro de Bandas Filarmónicas (há quem diga que já organizámos muito mais…). Regressámos a um espaço do qual já sentíamos saudades, um espaço renovado e acessível a todos e que continua bastante aprazível para a cultura e para a música: o Jardim Municipal de Mação

Além da Banda Filarmónica Maçaense, o Encontro contou ainda com a presença de duas bandas filarmónicas de reconhecida qualidade musical: a Sociedade Filarmónica Gualdim Pais (Tomar) e a Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º de Janeiro (Castro Verde). A música com que nos presentearam permitiu uma bela tarde de convívio e de promoção da cultura.

Agradecemos a todos os que ajudaram a tornar tornaram possível a organização de mais este encontro de bandas filarmónicas: à Câmara Municipal de Mação, à União de Freguesias de Mação, Aboboreira e Penhascoso, à Santa Casa da Misericórdia de Mação, à Paróquia de Mação, à Firmação, à Associação de Santo António e a todos os que de uma forma geral (a título individual e coletivo) continuam a apoiar a nossa Filarmónica. Um obrigado aos músicos e a todos os pais e Encarregados de Educação, elementos dos corpos sociais, associados e amigos da nossa Filarmónica que deram o seu importante contributo.

Fica aqui também registado um agradecimento às empresas e estabelecimentos comerciais (que de várias formas) nos têm apoiado.

Até ao final de setembro mantém-se em vigor a campanha “Arredonde para a Filarmónica”, com o fim de angariar fundos para aquisição de instrumentos musicais, em vários estabelecimentos comerciais de Mação. Uma pequena ajuda entre todos fará uma grande diferença para nós.

Com o contributo desta campanha foram adquiridos recentemente um eufónio, um sousafone e um piano digital.

Efetuámos recentemente uma encomenda com o fardamento em falta, pelo que esperamos ter muito em breve todos os músicos com fardamento completo.

Iniciámos o ano passado um processo de reestruturação da nossa escola de música, mantendo a parceria com a Firmação mas também acentuando a nossa escola autónoma e com professores da nossa “casa”. Esse trabalho está a dar os primeiros frutos, mas para mantermos a nossa Filarmónica é necessário manter uma entrada constante de novos músicos para fazer face às naturais saídas de quem vai estudar/trabalhar para longe de Mação. 

Podem inscrever-se na sexta feira à noite (depois das 21h15m) e assistir ao nosso ensaio. Ao bom espírito filarmónico, queremos uma escola para todos ... de todas as idades!

Acompanhe-nos em filarmonicamacaense.blogspot.com e/ou através da nossa página no Facebook.
Saudações Musicais!

A Direção da SFUM

14 de julho de 2019

Cantinho da Filarmónica Julho 2019


Olá, eu sou o Rodrigo Loureiro tenho 13 anos e ando na SFUM (Sociedade Filarmónica União Maçaense). Hoje venho-vos falar de como é andar na SFUM, qual é o meu instrumento e como é tocá-lo.

Eu entrei na SFUM mais ou menos há um ano e desde que me inscrevi tenho-me divertido muito, as pessoas são simpáticas e fiz novos amigos lá.

Eu já falei de tudo isto, mas ainda não referi que instrumento toco, quer dizer, que instrumentos. Eu ando na percussão, ou seja, o naipe com mais poder sonoro e que comanda a velocidade, mesmo que às vezes não façamos isso muito bem.

O grupo dos percussionistas ou melhor “Os Selvagens da Percussão” são os mais carismáticos da SFUM, nós os 6 somos “aquela máquina”.

Nós tocamos marimba, xilofone, glockenspiel e muitos outros instrumentos que envolvam o toque em algo para fazer melodias; caixa, bateria, bombo, tímpanos, o que envolva bater em alguma pele e fazer som; congas, jambé e outros mais secundários como maracas, triângulo, caixa chinesa, etc.

A SFUM faz diversas atuações desde procissões religiosas a concertos em palcos, e tentamos transmitir a nossa energia a toda a gente que nos esteja a ouvir!

Por fim, sei que transpiramos música e que conseguimos transformar qualquer batida num momento de verdadeira diversão com ritmo, usando as nossas mãos para criar momentos musicais através dos diversos instrumentos que a Percussão nos proporciona, sendo esta uma forma de expressão muito versátil.

Notas da Direção:
Das nossas atividades mais recentes destacamos a nossa participação na Feira Mostra de Mação em que, para além do nosso habitual stand e arruada pela Banda Filarmónica, fomos desafiados pela CMM a organizar um concerto de variedades musicais no palco principal, o que fizemos com a participação de algumas das nossas secções: Grupo Coral, Funfarra, Variedades e Banda Filarmónica. Agradecemos a confiança de quem nos colocou em mais esta aventura, assim como a quem nos apoiou (de forma individual ou institucional).

Dia 13 de Julho atuaremos em Pinhel, para ajudar a celebrar o trigésimo terceiro aniversário da Banda Filarmónica de Pinhel.

Iremos este ano renovar a iniciativa “Arredonde para a Filarmónica” a decorrer entre Julho e Setembro de 2019 em vários estabelecimentos comerciais do concelho de Mação. Quando for às compras arredonde e dê uma pequena, mas preciosa ajuda, para comprar instrumentos musicais para os nossos músicos. Como é habitual no nosso encontro de Bandas Filarmónicas (06/09/2019) iremos apresentar novos músicos e também os novos instrumentos adquiridos.

21 de junho de 2019

Variedades SFUM na Feira Mostra de Mação 2019

Concerto SFUM na Feira Mostra a 04/07/2019 com a actuação: 
  • da Banda Filarmónica;
  • da Funfarra;
  • do Grupo Coral;
  • da Secção de variedades a recordar os “Inimigos” / “RockNoya”, entre outras surpresas/convidados especiais.

10 de junho de 2019

Cantinho da Filarmónica Junho 2019

Olá a todos, o meu nome é Maria João Dias e pertenço à Sociedade Filarmónica União Maçaense, tenho 22 anos e toco Clarinete.

O meu percurso na música começou nesta nossa querida Filarmónica, a SFUM, no ano 2006, tinha eu 9 anos quando a minha mãe me inscreveu na Banda para aprender Clarinete.

Em setembro de 2008 comecei os meus estudos no conservatório de Música de Mação - FirMação, no ensino articulado, e em dezembro do mesmo ano fiz a minha primeira atuação como membro da Banda no Concerto de Natal.

No ano de 2013 decidi aprofundar os meus estudos musicais e fui para o Curso Profissional de Instrumentista de Sopros e Percussão no Conservatório de Artes - Canto Firme, Tomar.

Durante estes anos todos fui trabalhando com vários professores de renome nacional e internacional, tanto em Clarinete como em Orquestra.

Em junho de 2016 concluí o curso profissional e em setembro entrei na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML).

Durante estes anos todos nunca deixei a Filarmónica de Mação de parte, pois esta foi um grande pilar para a minha formação enquanto Músico, disponibilizando o instrumento musical para a minha aprendizagem e mais recentemente dando-me a possibilidade de dar aulas na Escola de Música da SFUM, sendo um início e um "estágio" para a minha vida profissional futura.

Deixo aqui agora um breve resumo sobre a ESML onde atualmente frequento a Licenciatura em Música, variante Execução, Ramo Arcos, Sopros e Percussão - Clarinete.

A ESML foi fundada no ano de 1983 como resultado da reconversão operada no Conservatório Nacional, competindo-lhe a lecionação do ensino superior então criado nesta área e tendo autonomia artística, científica e pedagógica.

Existem vários cursos na ESML: Licenciatura em Música (desde Composição a Direção, passando por diversos instrumentos e ainda o Jazz); Licenciatura em Música na Comunidade (em parceria com a Escola Superior de Educação de Lisboa); Licenciatura em Tecnologias da Música; Mestrados.

A ESML tem variadas formações tais como Coros, Orquestra de Sopros, Orquestra Sinfónica, grupos de Música de Câmara, Combos e Orquestra de Jazz, Laboratório de Música Mista, etc, fazendo concertos e audições em variadas Salas de Lisboa tais como Gulbenkian, CCB, Teatro São Luís e ainda nos auditório e Foyer da Escola, sempre ou maioritariamente com entrada gratuita. A Escola está localizada em Benfica, no campus do IPL (Instituto Politécnico de Lisboa). Se algum dia estiverem por Lisboa, podem aproveitar e passar por lá e ouvir boa música desde Bach até peças elaboradas pelos alunos de Composição da Escola, existem quase sempre todos os fins-de-semana concertos das Orquestras, podendo consultar os variados concertos no site oficial da Escola.

Se não estiverem por Lisboa e sim por Mação, têm sempre aqui a nossa querida Filarmónica que precisa do apoio de todos, porque é para o público que nós trabalhamos.

Viva a MÚSICA! Viva a CULTURA!

E assim me despeço.

Maria Dias 


NOTAS da Direção:

A SFUM continua com várias atividades através das sua secções de escola de música, grupo coral, Funfarra e banda Filarmónica.

Para motivarmos os nossos jovens para a aprendizagem da música realizámos uma demonstração de instrumentos musicais na Creche da Santa Casa da Misericórdia de Mação no dia 3/06/2019.

Estamos a trabalhar para um concerto de “variedades” na Feira Mostra com a participação das nossas secções e com alguns convidados especiais. Será no dia 4/07/2019 pelas 22 horas.

Mais informações em http://filarmonicamacaense.blogspot.com/ ou na nossa página no Facebook!

Saudações Filarmónicas!!

29 de maio de 2019

SFUM Vai à Creche

A SFUM vai fazer uma demonstração de instrumentos musicais na Creche da SCM de Mação no dia 3/06/2019.

Vamos ajudar a ajudar a aprender e a crescer...

17 de maio de 2019

Cantinho da Filarmónica Maio 2019

Músico hoje, músico para sempre!


Muito provavelmente, a música desempenhou um papel importante no ciclo de vida dos humanos, na sua forma de comunicarem e expressarem as suas emoções e os seus sentimentos, talvez antes mesmo de poderem falar.

Não se trata de mera opinião, há já evidência científica (com robustez crescente) dos inúmeros benefícios da música para o ser humano, como são exemplos o desenvolvimento do raciocínio, da capacidade de concentração, do treino da memória (ou das memórias…), da redução da ansiedade, sendo também utilizada frequentemente como forma de integração social ou na saúde através da musicoterapia. 

Músico hoje, músico para sempre! Ao longo da vida irá transportar um conjunto de competências e de conhecimentos que serão sempre um enorme motivo de orgulho.

O ensino da música, apesar de alguma melhoria nos últimos anos, está ainda distante do que é feito em muitos dos países europeus.

As Bandas Filarmónicas são, sem dúvida, a maior instituição de ensino generalizado e de livre acesso na área da música, de forma integrada, em Portugal.

É importante sublinhar que a sua existência resulta da boa vontade e da muita carolice dos seus dirigentes, músicos e familiares. O trabalho realizado é fruto de muitas horas de trabalho voluntário, que é feito com muita dedicação e em prol da comunidade e do futuro de muitos jovens, sendo que alguns encontram nas Filarmónicas uma janela de oportunidade para saírem de “vidas mais desalinhadas”. 

O suporte financeiro das Bandas Filarmónicas é essencialmente feito pelas Câmaras Municipais, não existindo um programa integrado e específico de apoio às atividades regulares destas coletividades, fruto de uma ação mais central (Ministério da Cultura, por exemplo).

A música é uma arte ancestral, presente em todo o mundo e na História de todos os povos. É uma forma de arte poderosa, no desenvolvimento humano, nas suas diferentes dimensões sociais, culturais e emocionais.

Muito contribuirá para o desenvolvimento do ensino da música em Portugal a sua integração efetiva e obrigatória nos currículos escolares, desde o ensino pré-escolar até ao ensino secundário. A arte complementa o ensino das disciplinas mais tradicionais, alargando horizontes. Juntamente com a atividade física, o ensino das artes permite que o aluno saia da padronizada “cadeira” escolar e entre num mundo de afetos, de sentimentos e de emoções que ajudam a “criar” melhores pessoas, mais focadas no coletivo em detrimento do individual, com mais sentido crítico face às verdades feitas e com um pensamento mais reflexivo. 

Com um ensino estruturado e integrado das artes, e da música em particular, no ensino “dito normal” também se ajudam as Filarmónicas. Estas nunca deverão perder o seu papel de promoção e divulgação da música, assim como de movimento aglutinador de amantes da música, até porque é sabido que muitas das boas colheitas do ensino integrado, articulado, dos conservatórios, das bandas militares, do ensino superior, das orquestras de várias tipologias, resultam em Portugal das sementes lançadas pelas Bandas Filarmónicas. Foi assim no passado, hoje ainda é assim e assim vai certamente continuar a ser.

Há também o tão apregoado espírito filarmónico, algo que se concretiza nas inúmeras amizades entre músicos, na solidariedade entre filarmónicos, no gosto pelo convívio, pela partilha de experiências, de conhecimentos, pelo sentir coletivo perante um mundo cada vez mais baseado na promoção do individualismo e em competições estéreis. Muitos dos grandes avanços da Humanidade aconteceram pela união dos povos, pela cooperação e não pela busca constante e egoísta de interesses próprios. 

É por esse motivo que um melhor futuro para os nossos jovens … mais risonho, mais feliz ... necessita que os problemas que nos afetam sejam sentidos e resolvidos de uma forma coletiva.

O espírito associativo pode ajudar… 


O ensino das artes pode ajudar…


O ensino da música pode ajudar..



E a SFUM há 156 que vai procurando ajudar!
Diamantino da Cruz Veríssimo








13 de abril de 2019

Cantinho da Filarmónica Abril 2019


Eu sou o Guilherme Antunes Veríssimo, tenho 16 anos e moro na Serra, concelho de Mação. Comecei a estudar música com 5 anos, quando entrei para o conservatório de Mação para estudar percussão, mantive-me neste instrumento até ter 9 anos, aí mudei para piano, toquei viola de arco e em novembro comecei também a estudar trompa na banda e no conservatório. Embora hoje adore tocar trompa não foi o instrumento que quis tocar, eu queria tocar sousafone um instrumento idêntico à tuba, mas como era muito novo não sabia o nome e então com as descrições que dei deram-me este instrumento para as mãos e assim ficou. Um ano depois deixei de tocar viola de arco, e passei a tocar trompa em ensino supletivo e piano em curso livre. E assim fiquei até o ano passado em que saí do piano de curso livre visto que achei que já tinha conhecimentos e habilidades suficientes para o que queria e poderia ocupar o tempo das aulas nos estudos.
Gostava também de vos falar de Gustav Mahler, um compositor ultrarromântico Alemão que me fascinou desde que ouvi uma das duas obras pela primeira vez, a sua 2ª sinfonia, executada pela orquestra Gulbenkian no grande auditório Gulbenkian. Gustav Mahler nasceu em 1860 e faleceu em 1911, foi o Grande seguidor de Wagner, foi maestro e diretor da Ópera de Viena entre 1897 e 1907 e de Nova Yorque entre 1908 e 1911 (ano de sua morte), escreveu 9 sinfonias: longas, complexas na forma, de caráter programático, requerendo enormes recursos para a sua execução. Para além de quatro ciclos de canções para voz solista e orquestra (A canção da Terra). A 2ª sinfonia, por exemplo, exige, para além das cordas, 4 flautas; 4 oboés; 5 clarinetes; 3 fagotes; 10 trompas; 10 trompetes; 4 trombones; 1 tuba; 6 timbales; 3 sinos; 4 harpas; 1 órgão; imensa percussão; 2 vozes solistas e um enorme coro, o que fazia uma extraordinariamente grande orquestra, que para terem noção em Portugal era dificílimo arranjar tantos instrumentos, nomeadamente as harpas. Como puderam entender, a grande característica das suas sinfonias é a dimensão da orquestra e também a extensão. A 8ª sinfonia é conhecida como a Sinfonia dos mil. O tipo de composição é programático embora ele tenha retirado, mais tarde o programa das sinfonias. Por outro lado há uma grande interpenetração dos ciclos de canções com os temas das sinfonias. Por exemplo a base da 1ª sinfonia são “Canções de uma viandante”. Uma grande caraterística das suas composições é a tentativa de conciliação entre a conceção monumental com a simplicidade da canção popular, “não se pode separar o Mahler compositor sinfónico do Mahler compositor de canções”.
Gustav Mahler é um dos 14 filhos dos Mahler, dos quais 8 não chegaram à idade adulta, todos de origem judaica, duma aldeia que se localiza na atual Republica Checa, mas que já fora austríaca e alemã, ele próprio disse: ”sou três vezes apátrida! Como natural da Boêmia, na Áustria; como austríaco, na Alemanha; como judeu, no mundo inteiro. Em toda parte um intruso, em nenhum lugar desejado!”. Bernhard, seu pai, era estalajadeiro e comerciante de licores, a mãe, manca, proveniente de uma família pobre, filha de um fabricante de sabão, casou-se forçadamente com Bernhard e procurava contentar-se com aquilo que tinha, logo o seu relacionamento não era muito bom o pai chegava a ser violento para sua mãe, e essa atmosfera pesada influenciou psicologicamente Gustav pelo resto da sua vida. Teve as suas primeiras lições de piano em 1866 com 6 anos com um mestre capela e em 1871 começou a estudar no gymnasium de praga. Foi um período de humilhações e maus tratos por seu pai ao tomar conhecimento da situação insustentável do filho, assim voltou em 1872 para JIhlava. Aos 15 anos ingressou no Conservatório de Viena onde teve aulas de piano, harmonia e composição e chegou a receber vários prémios nessa área em 1976, e em 1978, com 18 anos recebeu o diploma do Conservatório de Viena, passou então a trabalhar como regente de orquestra entre Viena e Budapeste. Em 1882 é maestro em Olmutz (Morávia), em 1885/86 em Praga e em 1886/88 em Leipzig, foi nomeado Kapeilmaster de Viena aos 37 anos. Casou com Alma Schindler, dez anos mais nova que ele e teve duas filhas. Devido ao facto de ter começado a ser perseguido devido à sua religião vai para os Estados Unidos onde aceita lugar na ópera de Nova Yorque, volta para a Europa em 1909 e a sua mulher provoca uma crise conjugal, em 1911 volta para Maérica onde lhe é diagnosticada uma poderosa infeção, ele volta para Viena, vive alguns anos e é internado pouco antes de morrer.
Aconselho vivamente que ouçam alguma obra dele. A minha favorita continua a ser a primeira que ouvi, a 2ª sinfonia, a música dele transmite um sentimento enorme, têm um carácter um pouco sombrio ligado ao funesto, mas também glorioso, completamente emocionante, espantoso e maravilhoso.

21 de março de 2019

Cantinho da Filarmónica Março 2019


A Sociedade Filarmónica União Maçaense mantém a sua atividade, com a consolidação do trabalho desenvolvido nas várias secções. Destaca-se a restruturação da Escola de Música, a manutenção da nossa aposta central na Banda Filarmónica com músicos da nossa terra e o crescimento de projetos mais inovadores como a Funfarra e o Grupo Coral da SFUM.

A Funfarra actuou na Fundada (Vila de Rei) no evento Foclore no Centro no dia 17 de fevereiro de 2019, foi a segunda actuação deste novo grupo da SFUM com pouco mais do que um ano de existência, fora do concelho de Mação.

No dia 9/3/2019 a SFUM organizou um concerto, aberto à população em geral, mas mais especificamente dedicado aos alunos do Museu de Mação e participantes no  Seminário Internacional de Sustentabilidade e Gestão Territorial, que decorreu em Mação. O concerto concretizou-se no auditório municipal e contou com a participação do Grupo Coral da SFUM, da Banda Filarmónica da SFUM, do Ensemble de percussão e da Funfarra.

Das nossas próximas atividades / atuações, destacamos:

Ÿ  31 Março - Atuação Procissão Passos Mação (Banda Filarmónica);
Ÿ 06 Abril - Atuação Cumplicidades de Poemas com Música no Auditório Municipal (Grupos de Ensemble);
Ÿ  07 Abril - Atuação Procissão Passos Carvoeiro (Banda Filarmónica);
Ÿ  19 Abril - Atuação Procissão Sexta Feira Santa: Mação (Banda Filarmónica);
Ÿ  20 Abril - Peditório SFUM Mação (Banda Filarmónica e Funfarra);
Ÿ  21 Abril - Atuação Procissão Páscoa: Mação (Banda Filarmónica).

Deixamo-vos um pequeno texto com um resumo do historial da nossa Filarmónica em inglês, elaborado por dois dos nossos músicos e apresentado ao nosso público oriundo de vários países do mundo participantes no  Seminário Internacional de Sustentabilidade e Gestão Territorial em Mação e em cuja programação cultural a SFUM colaborou organizando o concerto de 9 de março.

Our Philharmonic Association is one of the oldest in Portugal,
founded in 1862 by Maçaenses with instruments acquired by public subscription and on January 8, 1906 received its official license from the Civil Government of Santarém.
According to the association constitution, its objectives are to study, teach, perform and disseminate music in its many forms, extending the scope of its purposes to any cultural or recreational activity.
Like many other philharmonic bands, it has had many ups and downs throughout its history, but has always kept it’s priority of instruction and promulgation of music.
Our main activities consist of participations in religious ceremonies, popular festivities, civil band encounters and concerts in different contexts.
Our association consists of several musical sections, the oldest being our music school and philharmonic band. Recently, in order to motivate our musicians and diversify our public presentations, we have created new projects with different instrumental ensembles, and such as our popular group “Funfarra”, SFUM Coral Group or the percussion Ensemble.
It has been more than a century and a half of activity, with dedication, persistence and love for music. A century and a half of life interwoven in time and history of the Municipality of Mação.
The Filarmónica de Mação is a true and precious relic, a piece of patrimony of our country that is important to preserve.
Autores do texto em Inglês: Mafalda Veríssimo e André Nicolau
Saudações Musicais!
A Direção da SFUM

22 de fevereiro de 2019

Cantinho da Filarmónica Fevereiro 2019


Caros leitores, chamo-me José Tavares, tenho 38 anos, sou de Mação e toco Eufónio na Sociedade Filarmónica União Maçaense.

Desde 2012, aos 31 anos, tomei a liberdade de me aventurar na aprendizagem desta tão vasta área da Música, ainda que a nível amador. O fato da minha namorada pertencer à Filarmónica, também ajudou na minha integração na associação.
 
Iniciei o estudo na Escola de Música da SFUM em Trompete mas pouco depois mudei para o meu atual instrumento. Isto, devido à necessidade da banda, pois tinha falta de Eufónios. Mais tarde acabou por compensar a troca pois vejo que consigo ter um desempenho diferente do que tinha com o Trompete, devido ao tamanho do bocal.

No fim-de-semana 2 e 3 Fevereiro decorreu a Comemoração dos 157 anos da SFUM e a Festa do Senhor das Encruzilhadas (nosso patrono). É com Concertos como o que fizemos no dia 2,que cada vez mais me orgulho de pertencer à SFUM.

Sinto que os Maçaenses pensam que não podem aprender Música se não forem crianças ou adolescentes, pois eu sou mais um exemplo na SFUM de que é possível e não é assim tão difícil… Basta querer aprender! Acaba por ser mais rápido pois um adulto está mais concentrado.

Para além de Músico na Banda Filarmónica, pertenço à FunFarra da SFUM, ao Grupo Coral e ajudo no trabalho Voluntário que se faz na Direção ao longo de todo o ano, nomeadamente na organização da Escola de Música.

Convido-vos a virem para a Filarmónica! Saudações Musicais!

José Tavares


Notas da Direção:

Um grande obrigado a todos os que nos ajudaram na organização e concretização das festividades do Senhor das Encruzilhadas deste ano, assim como a todos os que nos têm permitido manter a nossa atividade desde 1862.

No dia 24 de março irá ter lugar mais uma Assembleia Geral, de acordo com a convocatória que se segue: