Este mês compete-me a
responsabilidade de vos dirigir uma resenha lato
sensu que se traduz na batuta que ritma a minha vida.
sobre a minha ligação à SFUM –
Sociedade Filarmónica União Maçaense, e, à paixão musical e artística
Olá! Sou a Sandra Cristina Uva T.
R. Alexandre, uma maçanica nascida em Lisboa há 33 anos que a feliz resiliência
profissional fez rumar à terra que considero minha e que o foi de uma
significativa parte dos meus antepassados. O meu instrumento é a voz e o Grupo
Coral da SFUM é a minha casa e família musical no seio da nossa Filarmónica.
A música sempre fez parte do meu
quotidiano. Aprendi piano quando frequentava o primeiro ciclo escolar, hoje,
sem a agilidade necessária a essas cordas, aventuro-me no cavaquinho, enquanto
testo eventual habilidade em instrumentos de sopro.
No que concerne às aptidões
vocais, o legado familiar é-me pesado tanto quanto estimulante. A cristalina e
harmónica voz de soprano da minha mãe, contrastante com a voz de baixo
dramático do meu tio e o impressionante e melodioso assobio do meu pai, são
referências que moldaram a minha perceção musical e a clarividência do
holístico que a arte e o património cultural são para uma visão mais abrangente
do nosso mundo.
Quando confrontada com o convite
de pertencer ao Grupo Coral da SFUM por meio da nossa inexcedível maestrina,
temi. Temi não ter a disponibilidade necessária; temi não conseguir responder
ao legado que conhecia; temi não corresponder às expectativas; temi tanto e
tanta coisa que resolvi à mesa de um café… aceitar!
Hoje pertenço ao naipe de
sopranos do nosso Grupo Coral e sinto que posso contribuir, a par dos meus
colegas e amigos, para a valorização da SFUM tal como tantos outros
incontornáveis antes de nós e outros ora nossos contemporâneos divididos pelos
diferentes ramos de atividade da Filarmónica.
A maior riqueza do concelho de
Mação são as suas gentes. É cada um de vós que dedica minutos do seu tempo a
ler e apreciar estas linhas que, tal como as pautas que aprendemos a ler e sentir
a cada partitura que nos é entregue, está motivado a fazer a diferença pelo seu
acreditar e labor.
Todos fazemos falta e nunca somos
nem de mais nem de menos, somos únicos e devemos trabalhar no coletivo. O nosso
Grupo Coral, ainda que com meros meses de existência, tornou-se uma família que
tantas vezes apelido de improvável, mas cuja essência é inegável.
Trabalhamos metódica e
semanalmente para evoluir e levar o nome de Mação na nossa bandeira. A título
pessoal quero agradecer a oportunidade de fazer parte desta sociedade
centenária; o convite para redigir estas linhas, memórias e sentimentos; a
todos os membros do Grupo Coral da SFUM por me fazerem sentir feliz por estar
onde estou e, muito em especial, à nossa Maestrina Ana Pires: foi o teu
acreditar e as tuas palavras que me fizeram arriscar e participar neste
projeto!
Faço votos que mais de vós,
estimados Leitores, se permitam arriscar a superar o temor de “não saber
cantar”, todos sabemos e entre nós a divisa de ordem é: tentar e não desistir.
A todos vós, cordiais Saudações Musicais.
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