25 de novembro de 2019

Cantinho da Filarmónica Novembro 2019


Estimados Leitores,

Este mês compete-me a responsabilidade de vos dirigir uma resenha lato sensu que se traduz na batuta que ritma a minha vida.
sobre a minha ligação à SFUM – Sociedade Filarmónica União Maçaense, e, à paixão musical e artística

Olá! Sou a Sandra Cristina Uva T. R. Alexandre, uma maçanica nascida em Lisboa há 33 anos que a feliz resiliência profissional fez rumar à terra que considero minha e que o foi de uma significativa parte dos meus antepassados. O meu instrumento é a voz e o Grupo Coral da SFUM é a minha casa e família musical no seio da nossa Filarmónica.

A música sempre fez parte do meu quotidiano. Aprendi piano quando frequentava o primeiro ciclo escolar, hoje, sem a agilidade necessária a essas cordas, aventuro-me no cavaquinho, enquanto testo eventual habilidade em instrumentos de sopro.

No que concerne às aptidões vocais, o legado familiar é-me pesado tanto quanto estimulante. A cristalina e harmónica voz de soprano da minha mãe, contrastante com a voz de baixo dramático do meu tio e o impressionante e melodioso assobio do meu pai, são referências que moldaram a minha perceção musical e a clarividência do holístico que a arte e o património cultural são para uma visão mais abrangente do nosso mundo.

Quando confrontada com o convite de pertencer ao Grupo Coral da SFUM por meio da nossa inexcedível maestrina, temi. Temi não ter a disponibilidade necessária; temi não conseguir responder ao legado que conhecia; temi não corresponder às expectativas; temi tanto e tanta coisa que resolvi à mesa de um café… aceitar!

Hoje pertenço ao naipe de sopranos do nosso Grupo Coral e sinto que posso contribuir, a par dos meus colegas e amigos, para a valorização da SFUM tal como tantos outros incontornáveis antes de nós e outros ora nossos contemporâneos divididos pelos diferentes ramos de atividade da Filarmónica.

A maior riqueza do concelho de Mação são as suas gentes. É cada um de vós que dedica minutos do seu tempo a ler e apreciar estas linhas que, tal como as pautas que aprendemos a ler e sentir a cada partitura que nos é entregue, está motivado a fazer a diferença pelo seu acreditar e labor.

Todos fazemos falta e nunca somos nem de mais nem de menos, somos únicos e devemos trabalhar no coletivo. O nosso Grupo Coral, ainda que com meros meses de existência, tornou-se uma família que tantas vezes apelido de improvável, mas cuja essência é inegável.

Trabalhamos metódica e semanalmente para evoluir e levar o nome de Mação na nossa bandeira. A título pessoal quero agradecer a oportunidade de fazer parte desta sociedade centenária; o convite para redigir estas linhas, memórias e sentimentos; a todos os membros do Grupo Coral da SFUM por me fazerem sentir feliz por estar onde estou e, muito em especial, à nossa Maestrina Ana Pires: foi o teu acreditar e as tuas palavras que me fizeram arriscar e participar neste projeto!

Faço votos que mais de vós, estimados Leitores, se permitam arriscar a superar o temor de “não saber cantar”, todos sabemos e entre nós a divisa de ordem é: tentar e não desistir.

A todos vós, cordiais Saudações Musicais.

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