COMEMORAR A FESTA DE SANTA MARIA
“A Cultura e a Tradição
são valores perenes e indomináveis.”
João Parreira
in Diário as Beira, 8 dezembro 2020
Para recordar a origem das festas
em honra da padroeira da vila de Mação – Santa Maria, é necessário recuar perto
de meio século de história, aos idos anos 70 do século XX e aos dancings no Largo dos Combatentes da
Grande Guerra.
Desde então, a mudança dos tempos
conduziu a alterações de conceção e localização, nomeadamente, tendo esta decorrido
no Largo de Santo António e a posteriori
no Polidesportivo do Cerejal ou Mário Coluna, onde ainda no passado primeiro
fim-de-semana de setembro se teria comemorado esta importante data para a
identidade cultural dos maçaenses.
Ancestral, imutável e fervorosa é
a celebração religiosa em graça da padroeira e a procissão que se lhe segue
pelas ruas Pina Falcão, Francisco Serrano e Monsenhor Alves de Moura.
Verdura pelos paralelos do
pavimento, flores, janelas engaladas por colchas de diferentes tamanhos e cores,
famílias, amigos e vizinhos a elas abeiradas, observavam a Senhora e as demais
imagens devocionais nos seus andores, transportados a ombros, percorrerem o
caminho ao som de cânticos e marchas tocadas pela Banda Filarmónica da sua
terra.
Ao longo dos anos, marco das épocas,
a tradição tem sofrido mutações para se adaptar às transformações da
comunidade, porém, são os anos pandémicos que vivemos que mais apelam à resiliência
de todos para manter viva a chama da tradição.
Pelo segundo consecutivo não
houve procissão nem festa de Santa Maria, mas para a SFUM era inconcebível
dispensar o costume sem refletir numa solução de ajuste às restrições.
Nesse sentido e quota-parte porque
a Festa estaria a cargo da SFUM, esta executou um painel com mais de mil e
trezentas flores de plástico com o logo da Câmara Municipal de Mação, a qual
apoiou na sua criação, e que foi exposto na sacada central dos Paços do
Concelho em memória das ruas enfeitadas por este período comemorativo. A SFUM
quer legar um agradecimento a quantos voluntaria e dedicadamente colaboraram na
sua realização.
Foi igualmente realizado um Concerto ao Luar por parte da secção Grupo Coral e Classe Conjunto da Escola de Música da SFUM, com transmissão online na sua página oficial em rede social; um concerto que integra um projeto maior denominado “Há Música na Aldeia” que levará ao longo dos próximos meses as diversas secções da Filarmónica às aldeias privadas das suas festas.
Como expoente comemorativo da
data festiva, a Banda Filarmónica da SFUM formou parada à saída da missa de
domingo no Largo de Santo António onde tocou três música em homenagem à
padroeira e à comunidade que a venera, em memoração do costume.
A Banda atuou em seguida e pontualmente, seguindo os devidos cuidados e medidas exigidas pela DGS, na Praça Gago Coutinho, Paços do Concelho e Anfiteatro José Costa.
A SFUM está a preparar um
concerto pela sua banda Filarmónica para 5 de Outubro, a realizar no Largo dos
Combatentes. Este concerto integra o projecto “música e monumentos” dinamizado pela Confederação Musical
Portuguesa, a que a SFUM se associou. Este projecto tem como entidade parceira
o Ministério da Cultura, sendo financiado pelo fundo de fomento cultural.
Teremos neste concerto a participação especial da fadista e cantora Carolina
Siborro, que fará uma pequena actuação acompanhada pela nossa Banda Filarmónica.
Aos nossos músicos, maestro da
banda filarmónica / maestros adjuntos, maestrina do grupo coral, coralistas,
professores da escola de música, alunos / futuros músicos, a SFUM louva a
dedicação, respeito e companheirismo; que nunca lhes seja parco o sentido de
responsabilidade, união e companheirismo – espírito
filarmónico!
Saudações Filarmónicas!
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